Na última terça-feira, 10 de dezembro, trabalhadores, movimentos sociais e organizações populares realizaram o Dia Nacional de Mobilização com o lema “Sem Anistia! Prisão para Todos os Golpistas!”. Aconteceram mais de 40 atos em capitais e diversos municípios do país. As manifestações tiveram um significado simbólico adicional, por coincidir com o Dia Internacional dos Direitos Humanos, que exige a defesa dos direitos democráticos e sociais.
Em São Paulo, o ato reuniu manifestantes na Avenida Paulista, com pautas que iam desde a exigência de prisão para Jair Bolsonaro e outros envolvidos nos ataques à democracia, até reivindicações por melhores condições de trabalho, contra os cortes sociais e em defesa da educação pública.
Os manifestantes denunciaram o impacto das recentes medidas econômicas do governo, que priorizam banqueiros e o agronegócio, penalizando a população mais vulnerável. O pacote anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inclui cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC), abono salarial e mudanças no reajuste do salário mínimo, aprofundando as desigualdades sociais.
A política de segurança pública do governo paulista, liderada por Guilherme Derrite e Tarcísio de Freitas, também foi alvo de críticas. O ato repudiou a violência policial que atinge, sobretudo, a população negra e periférica. Além disso, houve uma forte reivindicação pelo fim da escala 6×1, considerada exaustiva e exploratória, e pela redução da jornada de trabalho sem perda salarial.
Outro ponto central foi a defesa da educação pública contra a privatização, a militarização e os cortes de verbas que comprometem a qualidade do ensino. A manifestação também rechaçou a PEC 164, que restringe os direitos reprodutivos das mulheres, reafirmando o compromisso com a dignidade e a autonomia sobre os corpos femininos.
A mobilização na Avenida Paulista reforçou a unidade de trabalhadores e movimentos sociais na luta por justiça social e democracia. O Sindsef-SP reafirma seu compromisso com essas pautas e conclama a categoria a seguir na luta em defesa dos serviços públicos e por valorização do funcionalismo.