Novembro Negro pelo Fora Bolsonaro e Mourão; Contra a Ditadura e a Escravidão Moderna
Bolsonaro e sua equipe, ao destruir direitos básicos dos trabalhadores, dão mostras incontestáveis da intenção de empurrar a população pobre e negra de volta para as senzalas. A condução da pandemia, desemprego nas alturas, carestia e fome são alguns exemplos dessa política.
Agora, querem reduzir para 14 anos a idade mínima para trabalho formal, em qualquer atividade, uma proposta de 10 anos atrás, retomada pelo bloco de apoiadores de Bolsonaro. Ou seja, o governo se furta de apresentar uma proposta de salário mínimo decente, que cubra as reais necessidades da classe trabalhadora, para jogar nossos filhos no mercado de trabalho e completar a renda da família. Essa solução não queremos! Queremos salário digno, comida na mesa e filhos na escola!
Enlutados e devastados pelas mais de 610 mil vidas perdidas, seguimos nos recuperando da barbárie, orquestrada com a intenção de matar parte da população. Um breve olhar, nos mostra que o povo negro – em especial, as mulheres e a juventude negra – compõe a parcela da classe trabalhadora mais atingida por essa e tantas outras mazelas.
Um estudo realizado pela PUC-Rio, publicado em abril, relevou que enquanto 55% de negros morreram por covid, a proporção entre brancos foi de 38%. Quantas vidas poderiam ter sido salvas caso o governo tivesse investido na compra de vacinas um pouco antes? Ou, ainda, se o respeito a ciência tivesse norteado as políticas de combate ao vírus? Infelizmente não saberemos.
Com a chegada da vacina aos braços dos brasileiros, os números de novos casos e, consequentemente, de mortes por Covid-19 desaceleraram até caírem drasticamente. Se a pandemia parece estar controlada, o mesmo não acontece com a grave crise econômica que enfrentamos, reflexo da brutalidade e perversidade de um capitalismo, cada vez mais, selvagem e também do caráter reacionário do governo Bolsonaro e de diversos setores da sociedade.
Pesquisa realizada em 2019, pela Rede de Observatório da Segurança, registrou algo que os pretos já sabem, nossos corpos são o alvo da violência policial. As balas da polícia acham tantos corpos pretos, por considerarem esses corpos como excedentes e descaráveis. Será essa a retomada da política de branqueamento do Brasil, já que, sinceramente, a impressão que temos é que foi liberado o extermínio da população negra?
Fora Sérgio Camargo
A entrega do comando da Fundação Palmares – espaço de preservação da história do povo negro – ao capitão do mato, Sérgio Camargo, é reveladora. Camargo nega a existência de racismo no Brasil, ataca as religiões de matrizes africanas, não reconhece o Dia da Consciência Negra, pede o fim do movimento negro e persegue servidores da Fundação.
Além disso, revogou uma instrução normativa de 2018, que estabelecia termos para licenciamento e proteção ambiental de terras quilombolas, deixando, esses territórios desprotegidos contra a sanha de empreiteiras, madeireiros e latifundiários. Camargo acumula um arsenal de desserviço ao povo negro. Essa importante instituição não pode ficar a mercê de um capitão do mato.
Neste 20 de novembro vamos unir nossa força, nossa indignação e marchar pela vida e por direitos! Contra a Ditadura e a Escravidão Moderna. Pelo Fora Bolsonaro, Mourão e Sérgio Camargo!”
Vamos Aquilombar as Lutas com Raça, Gênero e Classe!