28/02 – Dia Mundial de Combate à LER/DORT

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Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho

Excesso e ritmo acelerado de trabalho, condições insalubres e inadequadas, pressão e assédio psicológico, redução de direitos e das leis de defesa da saúde do trabalhador, escalas de trabalho excessivas. Essas são as causas básicas das doenças de trabalho. E característica da chamada fase neoliberal do capitalismo.

É PRECISO EXIGIR A REVOGAÇÃO DAS REFORMAS

Os trabalhadores sofreram muitos ataques nos últimos anos. As reformas Trabalhista e da Previdência, a ampliação da lei das terceirizações, a alteração das Normas Regulamentadoras sobre segurança e saúde no trabalho. São medidas cruéis!

Implantadas nos governos Temer e Bolsonaro, infelizmente até agora não foram revogadas no governo Lula/Alckmin. Exigimos que sejam imediatamente revogadas!

Essa deve ser uma bandeira de todo o movimento sindical brasileiro.

Fim da escala 6×1 é parte da nossa luta

A campanha pelo fim da jornada 6×1 cumpre um papel fundamental pela qualidade de vida no trabalho e apontando o mal que fazem as jornadas excessivas.

A luta necessária contra a superexploração do trabalho representada pelo fim da escala 6×1 voltou à tona com força, porque a jornada excessiva na chamada “escravidão moderna” traz o adoecimento físico e mental. Por isso, tem de fazer parte da nossa luta e das centrais sindicais brasileiras em defesa da saúde do trabalhador.

Como identificar a LER/DORT?

Segundo dados da Previdência Social, a LER/DORT está entre as principais causas de afastamento de trabalhadores no Brasil, representando aproximadamente 30% dos casos de afastamento por doenças ocupacionais. Em 2023, mais de 10 mil trabalhadores brasileiros se afastaram do trabalho devido a LER/DORT.

Essas doenças ocupacionais são causadas pelo desgaste do sistema musculoesquelético, decorrente de trabalho intenso e movimentos repetitivos, muitas vezes associados a esforços físicos e à permanência na mesma postura por longos períodos. Os números revelam que as mulheres são as mais afetadas, especialmente aquelas que trabalham em funções administrativas e operacionais, onde o uso repetitivo do computador e os movimentos repetitivos são comuns.

Por que cuidar rapidamente?

Quando os sintomas aparecem, muitas vezes a doença já está em estágio avançado. Nos membros superiores, os sinais incluem dor, sensação de peso, formigamento, fisgadas, fraqueza muscular e cansaço. As lesões podem atingir os ombros e causar inflamações em articulações, como punhos, cotovelos, região cervical e lombar, além dos tecidos que cobrem os tendões.

As consequências podem ser graves: dor intensa, incapacitação para o trabalho e até mesmo para atividades domésticas e de autocuidado, discriminação e depressão. Por isso, é essencial buscar atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas. Cuidar da sua saúde é cuidar da sua vida.

Doença ocupacional e adoecimento mental

As doenças ocupacionais têm relação direta com o adoecimento mental. “Existe uma relação explícita entre as lesões físicas e o sofrimento mental. Concomitantemente, há a presença de adoecimento físico e mental. Os distúrbios emocionais no ambiente de trabalho podem ser causados pela sobrecarga de trabalho, condições precárias e assédio moral, gerando sentimentos de frustração, desvalorização pessoal, insônia, alterações no apetite, ansiedade e depressão”, explica a psicóloga Sandra Moreira, integrante do Setorial Saúde do Trabalhador da CSP-Conlutas.

Ou seja, formas de organização do trabalho autoritárias e excessivamente exigentes favorecem tanto o sofrimento psíquico quanto o surgimento de distúrbios osteomusculares. Por isso, o dia 28 deve ser um dia de luta da classe trabalhadora em defesa da vida. As CIPAs devem ser classistas e combativas, atuando na defesa da saúde e segurança no trabalho, enfrentando os ataques aos direitos e organizando a luta por melhores condições.

Fonte: CSP-Conlutas

Confira o boletim especial da CSP-Conlutas em PDF para download aqui!

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