Governo Despreza Reivindicações dos Servidores da Área Ambiental; Sindsef-SP apoia a mobilização

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Na mais recente assembleia dos servidores da área ambiental, convocada pela Ascema SP/PR, realizada online no dia 5 de fevereiro, o descontentamento foi palpável. Representantes dos trabalhadores compartilharam os resultados da reunião de negociação da Mesa Específica e Temporária da Área Ambiental, ocorrida em 1º de fevereiro de 2024.

Os participantes expressaram descontentamento generalizado com a política adotada pelo governo para tratar das demandas dos servidores públicos, que reivindicam melhores condições de trabalho e à reestruturação da Carreira de Especialista em Meio Ambiente.

Apesar de serem peças-chave na execução de políticas ambientais cruciais para o cumprimento dos acordos climáticos assinados por Lula ao longo de 2023, os servidores não recebem o devido reconhecimento por suas atribuições.

O governo não oferece a esses trabalhadores um tratamento condizente com a relevância das suas atribuições. Ao contrário, representantes do Ministério de Gestão e da Inovação entram em uma reunião com representantes dos servidores, após 112 dias, evidenciando que nem mesmo analisaram a proposta contendo as reivindicações da categoria.

É evidente que a proposta apresentada pelo governo não visa à reestruturação, mas sim à desestruturação da categoria, avalia Fabi, membro da Ascema SP/PR.

Vera Ellen, Secretária geral da Ascema SP/PR, por sua vez, destacou a exclusão de aposentados e pensionistas nas propostas do governo, lembrando que a situação é ainda mais grave com as mudanças impostas pela reforma da previdência, deixando famílias totalmente desamparada, ainda que a morte do familiar tenha ocorrido em serviço. “Não queremos heróis, queremos que os servidores tenham salários dignos!”

Diante desse cenário, os servidores da área ambiental de São Paulo e Paraná rejeitaram integralmente a proposta governamental e exigem uma resposta baseada nos levantamentos elaborados pelos próprios trabalhadores.

A falta de consideração às demandas dos trabalhadores só fortalece a percepção de que as políticas adotadas seguem uma agenda neoliberal, como destacou Luis Genova, Secretário geral do Sindsef-SP, durante a assembleia.

Genova lembrou que as mesas de negociação, no passado, eram conhecidas como mesas de enrolação, e alertou para necessidade vigilância para o mesmo não se reptir. Ele ressaltou que a política do governo tende a reduzir os serviços públicos, enquanto promove Parcerias Público-Privadas (PPP’s).

A recomposição salarial é, antes de tudo, uma questão mínima de direito e de justiça, para reduzir as perdas por anos de congelamento. Além disso reflete diretamente na qualidade do serviço prestado aos usuários, frisou Genova, destacando a conexão direta entre a valorização dos servidores e a busca de um serviço público universal, de qualidade e democrático. Ao final voltou a parabenizar a mobilização dos servidores, reiterando o apoio ativo do Sindsef-SP à luta.

Com as atividades de campo já suspensas e diante da possibilidade de intensificação das mobilizações, o governo deve estar ciente de que a categoria não se deterá até que suas demandas sejam atendidas.

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