O Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações foi um esquenta para a Marcha do funcionalismo em Brasília, convocada como parte da jornada de lutas que ocorrerá entre os dias 16 e 18 de abril.
O objetivo é derrotar a política de reajuste zero do governo Lula e arrancar a recomposição salarial ainda neste ano de 2024.

A atividade fez parte da mobilização nacional convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) visando debater e organizar a luta para reverter esse congelamento salarial, revivendo uma prática histórica do funcionalismo, que não ocorria com tal intensidade desde antes da pandemia da Covid-19.

Na base do Sindsef-SP, na parte da manhã, ocorreu uma assembleia bastante representativa no Ipen e reunião de servidores da SPU. Na parte da tarde, atividade pela reestruturação do Incra e reunião dos servidores da Funai/Itanhaém-SP. Para fechar o Dia Luta, ocorreu a Assembleia Geral Estadual do Sindsef-SP.

Ipen

Insatisfeitos com a política de reajuste zero para o funcionalismo, a assembleia das servidoras e servidores do Ipen realizada em 03/04, reuniu um número expressivo de participantes para discutir a necessidade de reação à política de reajuste zero, que o governo Lula quer impor aos servidores públicos federais em 2024, além de outros pontos específicos que impactam a categoria.

As intervenções na assembleia apontam o crescimento da insatisfação e da disposição para lutar pela reposição das perdas salariais do funcionalismo federal.

Protesto em São Paulo

Durante a assembleia, foi aprovada a realização de uma manifestação na sexta-feira (05/04), com o intuito de expressar a insatisfação dos servidores em relação ao governador e ao presidente, que participariam de um evento no Centro Tecnológico da Marinha, vizinho do Ipen. Porém, a atividade não ocorreu, pois nem Lula, nem Tarcísio compareceram ao evento.

Incra

Servidoras e servidores do Incra/SP se somaram ao Dia Nacional de Luta. Na ocasião, o advogado César Lignelli, da equipe jurídica do Sindsef-SP, falou sobre questões previdenciárias, além de atualizar sobre ações jurídicas do setor.

César explicou como funciona a contagem de tempo para previdência no caso de alteração na carreira. Seus comentários basearam-se em decisões do STF e Secretaria de Previdência, que tratam do tempo mínimo na carreira em que se dará a aposentadoria.

A atividade uniu o eixo específico de eventual reestruturação de carreira com a luta pela recomposição salarial geral. Além de levar importantes informes jurídicos, com destaque para o ganho de uma antiga ação, que restituirá valores descontados indevidamente no um terço de férias dos servidores, no período de 2006 à 2011.

Funai

Servidoras e servidores da Funai também fortaleceram o dia nacional de luta realizando uma reunião, onde debateram a campanha salarial, a criação do Grupo de Trabalho sobre reestruturação do órgão e o andamento da medida provisória que trata do plano de carreira. Também debateram o fato dos trabalhadores não estarem sendo ouvidos pelo governo.

SPU

Servidoras e servidores vestiram preto e fizeram um café da manhã onde, os que estavam no trabalho presencial, criticaram a ausência de reajuste salarial e trocaram informes sobre iniciativas dos colegas em outros estados.

Greve da Educação

O setor da educação saiu na frente e os trabalhadores técnicos-administrativos e docentes dos institutos federais já deflagraram greve.

A partir do dia 15 de abril há previsão da adesão ao movimento paredista das/os docentes das universidades da base do Andes/SN.

A indignação vai se espalhando como rastilho de pólvora diante da perspectiva de reajuste zero.

Caravana

Para aumentar a pressão, entre os dias 16 e 18 de abril está programada uma jornada de lutas com atividades em Brasília, incluindo uma audiência pública na Câmara Federal (16), uma marcha na Esplanada dos Ministérios (17) e atividades setoriais, com possibilidade de um ato no Ministério da Educação (MEC) das entidades da Educação (18/04).

O Sindsef-SP está organizando o envio de uma delegação para participar da marcha, com saída de São Paulo no dia 16 e retorno no dia 18. Interessados podem se inscrever, até 10/04, pelo WhatsApp 11 96862-4055, com Cristian Fragoso.