Mobilização Crescente: Servidores da Cultura Exigem Reconhecimento e Plano de Carreira

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No dia 12/06, os servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) participaram de uma reunião que abordou diversos temas, entre eles a campanha salarial, a mobilização nacional da cultura e a organização sindical.

O encontro contou com a presença dos diretores do Sindsef-SP, Luis Genova, do Ipen, e Tobias, do Ibram, que está lotado no Museu Lasar Segall. Ambos falaram sobre a política salarial do governo federal e sua estratégia de negociar por carreiras, o que visa a divisão da categoria. Foi enfatizada a necessidade de uma recomposição salarial que beneficie tanto os servidores ativos quanto os aposentados e pensionistas.

Nos últimos dois meses, diversas reuniões foram realizadas em várias cidades do país, envolvendo trabalhadores de diferentes órgãos da cultura. Tobias relatou a assembleia do setor realizada no dia anterior, que contou com informes do Fórum da Cultura. Fernanda Gibertoni destacou a importância da AsminC e do setorial do Iphan como canais para ampliação e fortalecimento da luta nacional. Ambos ressaltaram o papel crucial do sindicato na negociação dos direitos dos servidores junto aos gestores e ao governo.

Foi destacado que a mobilização das categorias é fundamental para que o governo se disponha a negociar. No âmbito da mobilização da cultura, o Fórum da Cultura tem o objetivo de unir e articular as pessoas em seus respectivos estados.

Exemplo disso foi a ação conjunta realizada no Rio de Janeiro, onde servidores do Ibram, da Biblioteca Nacional e da Funarte decidiram realizar ações de mobilização todas as quintas-feiras.

A reunião destacou a importância da mobilização coletiva como ferramenta essencial para a conquista de direitos e melhorias nas condições de trabalho. Luis Genova resgatou um caso de assédio moral coletivo em que o Sindsef-SP atuou ativamente. Neste caso, após a realização de atos de denúncia na porta do órgão, os trabalhadores conseguiram a exoneração do gestor responsável pelo assédio.

Assembleia da Cultura

A ausência de recomposição salarial para 2024, consequência direta da política de déficit zero implementada pelo governo Lula através do Arcabouço Fiscal, vem intensificando a indignação entre os servidores das entidades vinculadas ao Ministério da Cultura (MinC).

Assembleia virtual realizada em 11/06, contou com a participação de Ruth Vaz Costa e Marcos Brum Lopes, ambos servidores do Ibram e membros do Fórum da Cultura, convidados pelo Sindsef-SP, que trouxeram informes sobre a mobilização nacional.

Os servidores e servidoras da cultura intensificam suas mobilizações em busca de um plano de carreira específico que valorize e reconheça o trabalho especializado realizado nas entidades vinculadas ao MinC. Desejam que seu papel técnico no campo também conste como pesquisadores, visto que boa parte do seu trabalho cotidiano necessita de um estudo sistemático, assim como muito da produção realizada pelos servidores constituírem verdadeiras pesquisas científicas fora do âmbito acadêmico.

Reuniões e Criação do Grupo de Trabalho

Ao longo de 2024, foram realizadas duas reuniões com representantes do MinC, resultando na formação do Grupo de Trabalho (GT) da Carreira da Cultura. Este GT tem previsão de encerrar suas atividades e entregar o documento final para o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) no dia 22 de julho.

Embora o governo tenha proposto um reajuste para 2025, a criação do GT não diminuiu a mobilização dos servidores, que persistem na luta por um Plano de Carreira da Cultura – uma reivindicação que não é nova e que o Sindsef-SP apoia integralmente.

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