Os servidores da Superintendência Regional do Incra em São Paulo aprovaram nesta terça-feira (26) greve por tempo indeterminado. A paralisação terá início na segunda-feira, 2 de julho. Além de aderir à campanha salarial unificada do funcionalismo público, a categoria protesta contra o loteamento político das superintendências regionais do órgão. Também nesta terça-feira foi publicada no Diário Oficial da União a nomeação de Wellington Diniz Monteiro para o cargo de superintendente regional do Incra em São Paulo.
Uma moção de repúdio à nomeação de Monteiro já havia sido divulgada no dia 6 de junho, assinada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado de São Paulo (Sindsef/SP), Associação dos Servidores do Incra em São Paulo (Assincra/SP) e Associação Nacional dos Engenheiros Agrônomos do Incra (Assinagro).
Na avaliação da categoria, está em curso o aparelhamento do órgão pelo mesmo grupo político que bancou a permanência do ex-superintendente Raimundo Pires Silva no cargo entre 2003 e 2011, período marcado pela falta de compromisso com os princípios da administração pública. “Exemplo disso”, prossegue a moção de repúdio, “foram a condenação por improbidade administrativa e a Operação Desfalque da Polícia Federal, que levou à sua exoneração em junho de 2011.
Os servidores cobram critérios técnicos para a nomeação de superintendente e denunciam o descumprimento da Portaria 99 de 2000, que dispõe sobre a nomeação dos superintendentes regionais do órgão.
Campanha salarial
Cerca de 70% das superintendências regionais do Incra já aderiram à greve. O movimento faz parte da Campanha Salarial Unificada dos Servidores Federais, cujas principais reivindicações são: reposição salarial de 22,08%; definição de data-base (1º de maio); política salarial permanente; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; cumprimento dos acordos firmados com o governo; contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores; e reajuste dos benefícios.