O acesso a serviços públicos de qualidade é um direito da população, em especial a mais vulnerável, onde, não há dúvidas, o povo negro é esmagadora maioria. Porém, esse direito está ameaçado pelas iniciativas do presidente da república, que quer aprovar projetos que visam aprofundar o sucateamento, até atingir a destruição total dos serviços públicos.
Propor o fim do gasto mínimo obrigatório com saúde e educação, como moeda de troca para aprovar o necessário, e urgente, auxilio emergencial, é, no mínimo, um descaramento do governo. Quem usa esses serviços sabe que o piso de ambos precisa ser ampliado, não o contrário.
A votação do projeto que garantirá a retomada, tardia, do auxilio emergencial, está vinculada ao congelamento salarial dos trabalhadores nos serviços públicos.
O governo e sua equipe econômica, se utilizam de uma demanda legítima da população desempregada, que está com a panela vazia, para promover retirada de direitos que podem nem ser percebidos neste momento.
A desonestidade e a manipulação contra população são repugnantes, já que o governo não vai precisar encaixar esse valor no Orçamento de 2021. Portanto, os cortes/congelamentos propostos visam, exclusivamente, ampliar os lucros gigantesco daqueles que ficaram ainda mais ricos, mesmo neste cenário de crise sanitária e econômica.
Enquanto isso, o governo quer convencer o povo que os servidores públicos são os privilegiados. Mas a verdade é que metade dos servidores no Brasil ganha cerca de R$2.700,00, bruto, por mês.
Já, os verdadeiros privilegiados, junto com os megaempresários, são os políticos, que recebem gordos salários para votarem projetos prejudiciais à população e seguem imunes a crise econômica que atinge os trabalhadores.
A pandemia mostrou como é urgente investir em saúde, educação, assistência social, habitação, transporte público, entre outros setores, ampliando os serviços públicos, e não reduzindo, como quer o governo de Bolsonaro, Mourão e Guedes.
Com informações da CSP-Conlutas