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Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher
10 outubro Dia inteiro
10 de outubro é o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher. A data especial foi criada em 1980, a partir de um movimento nacional realizado em São Paulo.
O Dia Internacional pela não Violência Contra a Mulher é lembrado no 25 de novembro.
Em nossa sociedade a opressão da mulher se manifesta de diversas maneiras: na violência doméstica, na mercantilização do corpo da mulher, na dupla ou tripla jornada de trabalho, na falta de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres etc.
O Brasil é o 7º que mais mata mulheres entre 84 que compõe o ranking da Organização Mundial da Saúde. São 4 assassinatos para cada grupo de 100 mil. Índices muito superiores à média internacional e inclusive da América Latina.
Entre 2020 e 2021, dados do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), tabulados pelo Instituto Santos Dumont (ISD), mostram que no Brasil o número de delitos contra as mulheres quase triplicou. Passou de 271.392 registros para 823.127, um aumento de 203.30%.
Apesar da Lei Maria da Penha ter sido promulgada há mais de 6 anos, a violência contra as mulheres, ao invés de diminuir, vem aumentando. Faltam delegacias especializadas, casas abrigo, centros de referência para o atendimento às mulheres vítimas de violência e outras medidas que dependem de investimento público.
Além de insuficientes, o atendimento e acolhimento oferecido às mulheres que sofrem violência, em muitos casos, são de péssima qualidade. Existem várias denúncias de vítimas assediadas por policiais quando buscavam ajuda.
É preciso que haja mais investimento público também em iluminação nas ruas, sobretudo dos bairros mais pobres, construção de moradias dignas, sem matagal ao lado, e mais ônibus para diminuir a espera nos pontos, onde ocorrem mais abusos.
Embora a violência contra as mulheres seja a face mais perceptível do machismo, é importante salientar que ele se manifesta também em outros aspectos de nossas vidas, como na precarização do trabalho e na desigualdade salarial entre homens e mulheres. As mulheres são as mais atingidas pelo desemprego, pela informalidade e pelos baixos salários.
O Sindsef-SP defende aumento salarial para todos, salário igual para trabalho igual e garantia de pleno emprego para as mulheres, pois as desempregadas ou que ganham menos são as que mais sofrem violência.
A luta contra todas as formas de opressão, incluindo a opressão machista, é parte da luta contra a exploração capitalista.
É importante que as trabalhadoras se organizem de forma independente, com um programa que ultrapasse as tarefas democráticas e aponte também para a superação do capitalismo.