A direção da Condsef passa por cima da categoria ao não reconhecer as deliberações das assembleias nacionais e, sem o menor pudor, tenta, agora, interferir na escolha dos representantes que irão compor o Grupo Permanente de Tratamento das Condições de Trabalho (GPCOT), cuja conquista foi fruto da nossa greve.
Enquanto conseguíamos uma importante vitória, estabelecendo negociação efetiva com o governo, a Condsef não disponibilizava o apoio necessário para fortalecer nossa mobilização. A confederação foi procurada diversas vezes por representantes eleitos em assembleia nacional no sentido de se estabelecer diálogo e garantir a presença da direção e das entidades estaduais nas assembleias nacionais, com o propósito de que cumprissem com o principal papel sindical, o de dirigir as lutas da categoria.
Em nenhum momento houve repúdio à participação desses representantes, ao contrário, houve o esforço e a insistência para que fizessem parte da luta.
Porém, a confederação ignorou esses apelos, inclusive se recusando a garantir as condições para realização de assembleias nacionais virtuais, evidenciando a intenção de impedir o fortalecimento e crescimento do movimento. Essa postura gerou imensas dificuldades.
Foi além, perseguindo e expulsando de seus quadros quem não se acovardou e lutou do nosso lado.
Certamente, o movimento teria sido maior se tivesse contado com o apoio político da confederação e dos sindicatos estaduais durante todo o desenvolvimento dessa luta.
Mesmo assim, realizamos 56 dias de greve; inúmeras assembleias nacionais, com centenas de participantes de, praticamente, todos os estados do país.
Diante da falta de apoio, nos cotizamos para arrecadar recursos financeiros para impulsionar a campanha e dar visibilidade à luta pelo plano de carreira.
A Condsef não apenas deixou de organizar a nossa luta, como, por diversas vezes, boicotou deliberadamente qualquer possibilidade de avanço e conquistas!
Agora, quando estamos na reta final da negociação, caminhando para concretizar a instalação do GPCOT, a direção da confederação quer ficar com os frutos dessa luta e indicar os componentes, passando por cima da decisão da Assembleia Nacional, que contou com a participação de mais de 500 servidores.
Repudiamos veementemente essa postura da Condsef e exigimos que acate as deliberações aprovadas pela categoria nas suas assembleias nacionais.
Comissão Nacional de Negociação dos Servidores do Ministério do Trabalho e Previdência