Servidores de diferentes órgãos debateram os desafios enfrentados pelo funcionalismo e pelos trabalhadores de forma geral

Durante a assembleia estadual do Sindsef-SP foram dados informes sobre a situação nos diferentes órgãos do funcionalismo e destacada a importância de continuar pressionando o governo, pois as negociações não deram conta de garantir a recomposição das perdas salariais. O sindicato vai acompanhar os desdobramentos das mobilizações e o calendário de lutas das entidades nacionais.

Também foi reafirmada a importância da participação ativa do sindicato em ações contra a violência policial, em especial a que atinge jovens negros das periferias. É dever do sindicato apoiar essas pautas, tanto nas mobilizações quanto na produção e divulgação de materiais que contribuam com o debate.

Outro ponto relevante foi a solidariedade ao mandato do deputado Glauber Braga (PSOL), alvo de perseguição política no Conselho de Ética da Câmara. Glauber, defensor da classe trabalhadora e crítico das emendas parlamentares, teve a cassação aprovada no colegiado e iniciou uma greve de fome como forma de protesto. O Sindsef-SP participou de um ato organizado pela Auditoria Cidadã na Dívida e seguirá se engajando nas mobilizações em apoio ao parlamentar e reforça a importância de cercar seu mandato de solidariedade e apoio.

Campanha permanente contra o assédio

Durante a assembleia, o Sindsef-SP lançou novos materiais da campanha de combate ao assédio moral, sexual e ao desvio de função nos locais de trabalho. A iniciativa busca romper o silêncio sobre essas práticas abusivas, fornecer informações e orientar servidores e servidoras sobre como identificar, reagir e buscar apoio diante dessas situações.

Fruto do trabalho conjunto entre a equipe de comunicação e o Coletivo de Mulheres do sindicato, a campanha conta com vídeos, cartazes e uma cartilha com orientações jurídicas e práticas. Mais do que conscientizar, o objetivo é promover acolhimento e fortalecer a ação coletiva no enfrentamento ao assédio — uma pauta histórica do sindicato, que ganha ainda mais urgência diante dos relatos crescentes recebidos nas últimas atividades.

Jornada 6×1: mobilizar para avançar

A assembleia também tratou da luta pelo fim da jornada 6×1, que permanece travada no Congresso Nacional. Sob pressão do empresariado e com pouca disposição política do governo, o debate não avança, apesar das evidências de que a redução da carga de trabalho poderia diminuir licenças e afastamentos por adoecimento.

Esse movimento, que ressurge com força a partir da base, recoloca os trabalhadores como sujeitos de sua própria história. “Não se trata apenas de responder aos ataques, mas de afirmar o direito a uma vida além do trabalho”, destacou um dos participantes. O sindicato defende que essa bandeira seja fortalecida com mobilização nas ruas, pressionando para que o tema avance no parlamento.

Próximas atividades, lutas e mobilizações

No 1º de Maio, a CSP-Conlutas organizará, mais uma vez, um ato classista, independente de governos e patrões. A atividade ocorrerá na Avenida Paulista, a partir das 10h, e o Sindsef-SP fará ampla convocação à categoria, incluindo ativos, aposentados e pensionistas.

Na véspera do Dia do Trabalhador, 30/04, o sindicato realizará duas atividades presenciais importantes: uma assembleia de aposentados e pensionistas, às 13h; e uma nova Assembleia Estadual Geral, às 19h, seguida de uma atividade cultural com exibição de filme.

O Sindsef-SP segue lutando em defesa dos direitos, pela valorização do servidor e do serviço público. A participação ativa nas ações do sindicato são caminhos indispensáveis para resistir e avançar.