Ato em São Paulo marca retomada da unidade dos servidores para enfrentar os ataques do governo

COMPARTILHE

Compartilhe emfacebook
Compartilhe emtwitter
Compartilhe emwhatsapp
Compartilhe emtelegram

Em 15 de outubro, foi realizado um Ato Público em frente à Superintendência do INSS em São Paulo, como parte da agenda de mobilizações do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais). Organizado conjuntamente por Sindsef-SP, Sinsprev e Sintrajud, o ato contou com a participação de representantes da CSP-Conlutas, servidores do Banco Central, professores e diversas outras categorias.

O protesto teve como centro a defesa dos serviços públicos, gratuitos e de qualidade para a população e a exigência de abertura da mesa central de negociação. Também estava na pauta a luta contra o Arcabouço Fiscal e a Reforma Administrativa, a defesa do Banco Central Público, a exigência de revogação da Reforma da Previdência e a bandeira histórica de paridade para os aposentados. O ato expressou solidariedade aos setores em luta. Nas falas, ficou evidente que os ataques enfrentados pelos servidores são parte de uma política do governo que preserva os privilégios de grandes empresários e políticos.

Os participantes reafirmaram seu apoio à greve do INSS, que já dura 90 dias e é ignorada pela grande mídia. Desde o início, o movimento tem sido judicializado, com o governo impondo corte de ponto e tentando registrar as ausências como faltas injustificadas. A Condsef também foi duramente criticada por ter assinado acordo de uma categoria que não representa e da qual desconhece as principais demandas.

Os riscos da mudança do regime jurídico do Banco Central, que pode transformar a autarquia em uma empresa pública de direito privado também foram denunciados, assim como o esvaziamento das competências do MTE, como parte da política de desmonte levada a cabo pelo governo. A luta pela criação de uma carreira específica para os servidores do MTE foi pautada pelos servidores da pasta, e membros do Conselho Deliberativo do Sindsef-SP, Inês Magalhães e Pedro Paulino.

Aposentados marcaram forte presença no ato, mostrando mais uma vez sua disposição para lutar. “Após anos sem recomposição salarial, o governo Lula concedeu apenas 9% em 2023 e nada em 2024, criando mesas de enrolação onde não tratou com seriedade as necessidades dos servidores”, criticou Antônio Carlos, servidor aposentado da ex-LBA e membros do Conselho Deliberativo do Sindsef-SP, lembrando a defasagem salarial e o alto custo de vida. Em sua fala, o aposentado também destacou que a mobilização visa combater o sucateamento dos órgãos públicos e garantir serviços públicos de qualidade, como saúde, educação e segurança, para a população.

Luis Genova, servidor do Ipen e Secretário Geral do Sindsef-SP, enfatizou que “o governo Lula não é um governo dos trabalhadores”. Por exemplo, o governo usa o Banco do Brasil para veicular uma propaganda sobre o Plano Safra, sugerindo que os benefícios seriam voltados para o pequeno produtor e a agricultura familiar, mas, na verdade, o plano está a serviço do agronegócio. Genova defendeu a unidade de todos que estão dispostos a lutar pelos direitos dos servidores. Para ele, é essencial que, a partir do Fonasefe, seja organizada uma grande campanha salarial unificada já no início de 2025, rejeitando a fala absurda de que os servidores estão amarrados em acordos e que não possam mais reivindicar reajuste até o final deste governo.

O Sindsef-SP continuará ao lado de todos aqueles que estão na luta por serviços públicos de qualidade, valorização profissional e melhores condições de trabalho.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias