Debaixo do sol escaldante, servidores mostraram disposição de lutar, na véspera do Dia dos Aposentados (24/01), e realizaram um ato público em frente ao gabinete da Presidência da República em São Paulo. O objetivo foi, além de não deixar passar em branco a data comemorativa, reiterar as reivindicações do segmento.
As reivindicações estão em sintonia com a Campanha Salarial 2014 do funcionalismo. São as seguintes: paridade salarial entre os servidores ativos, aposentados e pensionistas; cumprimento do Estatuto do Idoso e; fim das contribuições previdenciárias dos aposentados.
O representante do Sindicato Nacional dos Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Aldo Barreto, ressaltou que as reivindicações específicas dos aposentados ganham uma dimensão diferente no momento em que boa parte dos ativos no serviço público irão se aposentar nos próximos 2 a 4 anos. “Como não houve reposição suficiente, uma crise no serviço público federal está sendo construída [pelo governo federal]. Por isso, os ativos de hoje devem reforçar essa luta e levantar as bandeiras dos aposentados”, afirmou Barreto.
Uma comissão composta por 10 representantes das entidades presentes conversou com a chefe de gabinete, Nilza Fiuza e seu assessor Rafael Molinari, e protocolou uma solicitação à presidenta Dilma Rousseff de audiência para tratar das reivindicações dos servidores públicos federais aposentados. O documento é assinado pelo Sinsprev-SP, Sindsef-SP e pelo Sintrajud.
Ao final do ato, o diretor do Sindsef-SP, Carlos Daniel, fez questão de denunciar a última atitude lastimável da Central Única dos Trabalhadores, que decidiu contratar o corrupto Delúbio Soares (condenado a 8 anos e 11 meses de prisão acusado de ser um dos operadores do esquema do mensalão) como assessor sindical para trabalhar em sua sede nacional, em Brasília. “Ao invés da CUT está ao lado dos trabalhadores, está do lado dos ‘mensaleiros’ e ela merece o repúdio de toda classe trabalhadora”, disse.
Para Nelson Rodrigues, o “Nelsinho”, do Sinsprev, Daniel tem razão em levar para o ato dos aposentados esse assunto “porque o fim da paridade, a taxação dos ativos e as contribuições previdenciárias dos aposentados foram aprovados na reforma da previdência de 2003, comprada através do mensalão, um grande golpe governo Lula”.
Entre as entidades presentes no protesto, além do Sindsef-SP, Sinsprev-SP, Sintrajud e Assibge, estava o Sinal, a Intersindical e a CSP-Conlutas.
O Sindsef-SP paraberiza as aposentadas e os aposentados pelo seu dia!
Por Lara Tapety
Imprensa/Sindsef-SP