Familiares dos jovens assassinados em Paraisópolis clamam por justiça em ato emocionante

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Na manhã desta sexta-feira, em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, familiares dos nove jovens mortos pela polícia no massacre de Paraisópolis se reuniram em um ato comovente intitulado “Amanhecer por Justiça pelos 9 que perdemos”. O protesto, marcou a terceira Audiência de Instrução do caso, onde testemunhas de acusação contra os policiais envolvidos esperam ser ouvidas.

Ao todo, 13 policiais militares são acusados de participação nessas mortes. Doze deles são réus por homicídio com dolo eventual, sob a acusação de terem assumido o risco de matar quando encurralaram as vítimas em um beco de Paraisópolis. Um 13º agente é réu por expor pessoas a perigo ao soltar explosivos nelas, quando estavam sem saída. Todos os acusados respondem aos crimes em liberdade.

“A gente espera que termine logo essas fases de ouvir as testemunhas, para finalmente vir a decisão do juiz, que esperamos seja de encaminhar esses policiais para o banco dos réus!”, falou emocionada Cristina Quirino, mãe do jovem Denis Quirino, de 16 anos, uma das vítimas do massacre de Paraisópolis, e uma das lideranças do movimento que nasceu as vidas perdidas não sejam em vão e que a violência policial encontre seu fim.

A manifestação foi marcada pela predominante presença de mulheres. Mães, avós, tias, irmãs, primas e amigas se uniram em uma demonstração de solidariedade e força mútua. A emoção era visível e contagiante. As mulheres, muitas vezes enxugando as lágrimas umas das outras, expressaram sua dor e sua luta por justiça. Em uma cena particularmente tocante, a avó de Marcos Paulo, um dos jovens assassinados, com apenas 16 anos, foi até a faixa com as fotos das vítimas e acariciou a imagem de seu neto, provocando lágrimas em quem observa.

“Eu evito falar para não chorar! E evito chorar para dar força para Cristina!”, relatou uma tia de outro jovem morto pela polícia, referindo-se a um caso de violência policial ocorrido em novembro de 2023.

As faixas e cartazes exibidos clamavam por justiça e igualdade, condenando a violência policial. “Estamos aqui para prestar solidariedade e reafirmar que não foi pisoteamento, não foi resistência. Foi um crime e não pode ficar impune”, afirmou uma das manifestantes, resumindo o clamor coletivo.

O Sindsef-SP participou da atividade prestando solidariedade as famílias, sublinhando a importância da luta conjunta contra as injustiças.

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