Em assembleia, servidores de São Paulo e Paraná definem encaminhamentos para fortalecer greve

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Em assembleia ocorrida em 12 de julho, servidores da área ambiental dos estados de São Paulo e Paraná definiram encaminhamentos para fortalecer e dar visibilidade ao movimento grevista. 

Na abertura, foi informado que o Comando Nacional de Greve conta com representação de quase todos os estados e o Distrito Federal, inclusive com o retorno daqueles que chegaram a deixar o movimento por dificuldade de compreensão de como deveriam agir diante da tutela de urgência. No entanto, ainda há instabilidades para contabilizar como está a participação na greve após a investida do governo contra o movimento. 

Na sequência, foram compartilhadas informações sobre a audiência de conciliação junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), realizada em 11 de julho, onde foi solicitada a reconsideração da tutela de urgência, com argumentos justificando a deflagração da greve. O juiz reconheceu como absurdo o ato de solicitar o retorno ao trabalho de 100% dos servidores que atuam em serviços ambientais considerados essenciais, sob pena de multa diária de R$200 mil às entidades representativas. 

Outro informe, ainda especulativo, seria que a ministra Esther Dweck, do Ministério de Gestão e Inovação, reabriria a mesa de negociação do setor ambiental. 

Como ainda não há nada resolvido, também não está descartada a possibilidade de denunciar à Organização Internacional do Trabalho (OIT) essas práticas antissindicais adotadas pelo governo Lula. 

A advogada do Sindsef-SP, Dra. Eliana Ferreira, explicou as iniciativas do sindicato a fim de prevenir o desconto antecipado dos dias de greve e garantir o pagamento integral do salário, uma vez que os boletos continuam vencendo e ninguém deixa de se alimentar por estar em greve. 

Como esse tema já havia sido deliberado na última assembleia, o departamento jurídico do Sindsef-SP encaminhou um ofício para o Ibama e ICMBio, em São Paulo e Brasília, para tratar dessa pauta. 

Essa iniciativa do governo Lula de tentar acabar com a greve por via judicial expõe uma grande contradição, pois, ao mesmo tempo que alegam reconhecer a importância das questões ambientais, se negam a atender as justas reivindicações da categoria que está em luta pela reestruturação da carreira, incluindo uma remuneração condizente com a relevância do meio ambiente. 

O Sindsef-SP segue firme ao lado dos servidores nesta luta. 

Encaminhamentos e próximos passos: 

  • Reforçar as entregas de cargos, portarias de fiscalização e licenças para condução de veículos; 
  • Dar visibilidade a esse “entregômetro”; 
  • Levantamento e divulgação, para os servidores, do número de pessoas em greve; 
  • Construir calendário de lutas, abrangendo servidores do Ibama e ICMBio, em São Paulo e Paraná.

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