Em todo o mundo, multidões tomaram as ruas na sexta-feira (20), para exigir ações contra as mudanças climáticas e a destruição do meio ambiente.
Inspirado pelo movimento da ativista adolescente sueca, Greta Thunberg, esse dia que foi denominado de Greve Global pelo Clima também trouxe pautas específicas de acordo com a conjuntura política de cada país. Mas, de modo geral, a causa para os prejuízos à natureza e aos povos originários foi apontada nos protestos, evidenciando que não há mudança para a atual situação se o capitalismo não for superado e destruído.
Atos foram realizados em cidades de todo o mundo. Somente na América Latina, manifestações tomaram as ruas em países como Bolívia, Argentina, Peru, Colômbia, Chile, Brasil, Paraguai, e em outros diversos na América Central, América do Norte, Europa, Ásia, Norte da África, África do Sul e Oriente Médio.
No Brasil, o dia de mobilização teve início logo pela manhã. Houve mobilização em Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e no Distrito Federal.
Como fruto de articulação da CSP-Conlutas em reunião com as Centrais Sindicais, a data de Greve pelo Clima teve também ações dessas entidades sindicais que saíram em defesa do Meio Ambiente e da Amazônia, bem como de direitos para os trabalhadores.
Em São Paulo, em São José dos Campos e região, assembleias foram realizadas nas fábricas metalúrgicas e o sindicato da categoria discutiu com os trabalhadores a importância da ação global e a urgência de denunciarmos a devastação da Amazônia e a destruição dos direitos, das aposentadorias e do trabalho.
Herbert Claros, em nome da CSP-CONLUTAS, falou no ato de SP, que reuniu, segundo informações dos movimentos organizadores, mais de 50 mil pessoas na Avenida Paulista. Para ele, o ato também era uma manifestação de luto, “por aqueles que morreram em Brumadinho e em Mariana [MG]”, e que com a forte mobilização, o objetivo deve ser o de “demonstrar para Bolsonaro e a corja de políticos que estão em Brasília, que o povo brasileiro, o povo indígena, os quilombolas, os negros, as mulheres ocuparão as ruas do país para derrotar seu projeto entreguista e devastador”.
Estamos em luta pelo meio ambiente, contra a opressão e a reforma da previdência. Esse é o único caminho. São 500 anos de colonização que Bolsonaro quer perpetuar. Ele quer continuar entregando a Amazônia, entregando não só o Cerrado, mas também a Base de Alcântara para os norte-americanos. Não vamos aceitar a entrega da Embraer para a Boeing, a privatização da Petrobrás e dos Correios. Nossa luta é pelo futuro. Nós somos Brasil, somos América Latina. Nós é que somos o futuro, e não o projeto de ultradireita de Bolsonaro”, interviu.
Servidores do Ibama, do Incra, da ex-LBA e do Ipen representaram o Sindsef-SP nesta manifestação.
Leia <aqui> o encarte especial em defesa da Amazônia
Fonte: CSP-Conlutas