Pressão popular e dos servidores adia a votação da PEC 32

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É preciso fortalecer a luta para derrotar a PEC da rachadinha, da destruição do SUS e dos serviços públicos

A votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020 na Comissão Especial da Câmara Federal foi adiada para a próxima terça-feira, 21 de setembro. Uma vitória da Jornada de Lutas dos servidores públicos federais, estaduais, municipais e trabalhadores de empresas estatais realizada nesta semana em diversos estados do país e em Brasília/DF. 

Paulo Barela, da Secretaria Nacional da CSP-Conlutas, conta que a PEC da reforma administrativa foi retirada da pauta pelo governo Bolsonaro e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por medo da reprovação pela maioria dos deputados, que foram bastante pressionados de diferentes formas nos últimos dias. 

“É uma importante vitória, ainda que parcial, porque essa reforma atenta contra os interesses do conjunto da classe trabalhadora, dos setores mais pobres e precários do nosso país, das periferias das grandes cidades, os grotões do interior dos estados, que necessitam do serviço público, que necessitam da saúde, que necessitam da educação, que têm preocupação com a segurança pública”, apontou Barela. 

A retirada do complemento de voto do relator da proposta, Arthur Maia (DEM-BA), foi uma importante conquista. Sem acordo com os setores que potencialmente podem votar com o governo, ele mudou o parecer, protocolando uma nova complementação de voto que deu um passo atrás.

O relator e o presidente da Câmara, Arthur Lira, continuam atrás de votos. Juntos ao presidente da comissão, deputado Armando Monteiro (PP-PE), eles avaliam que ainda não há como garantir a aprovação da PEC, que precisa de, no mínimo, 308 votos favoráveis no Plenário, em votação em dois turnos. “Não podemos errar no placar”, disse o presidente da Câmara.

Lira sabe que o funcionalismo público é forte, mobilizado e conta com apoio da população. “São categorias que se organizam há muitos anos, com sindicatos fortes e que pressionam parlamentares em seus estados”, explicou.

Agora, é preciso continuar e intensificar a mobilização. Na próxima semana, representantes de servidores de todos os segmentos vão retornar à capital federal para “receber” os parlamentares nos aeroportos, fazer reuniões e protestos contra a PEC 32. 

Nos estados e municípios, a tarefa é realizar assembleias, atos nos aeroportos (para pressionar parlamentares) e manifestações nas portas das casas dos deputados. Enviar e-mails, mensagens de WhatsApp, fazer “twittaços” #ContraPEC32, #ReformaAdministrativaNÃO e outras hashtags; enfim, utilizar as redes sociais e o que for possível para fazer pressão e mostrar aos políticos que a população não vai reeleger quem votar a favor desse brutal ataque contra toda a classe trabalhadora. É importante aproveitar também o final de semana para encher as redes sociais e grupos de WhatsApp com mensagens contra a PEC 32.

O SINDSEF-SP CONVOCA TODOS E TODAS PARA LUTAR E DERROTAR A PEC DA RACHADINHA, da DESTRUIÇÃO DO SUS E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS!

 

 

São Paulo, 17 de setembro de 2021

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