Servidores da área ambiental de São Paulo e Paraná decidiram intensificar sua mobilização em busca de melhores condições de trabalho, reestruturação e valorização da carreira.

Na assembleia conjunta da Ascema SP/PR e Sindsef-SP, realizada em 28/05, foi aprovada a paralisação de 24 horas para o dia 05/06, como forma de protesto contra a falta de negociação efetiva por parte do governo, que já teve sua proposta rejeitada.

A ausência de agendamento de nova reunião pelo MGI, após ser protocolada uma contraproposta da categoria, demonstra a intransigência do governo em resolver o impasse. Nesse contexto, os servidores realizarão nova assembleia dia 17/06 para deliberar sobre indicativo de deflagração de greve por tempo indeterminado, caso não haja resposta do MGI ou a resposta seja insatisfatória.

Apesar do presidente Lula ter manifestado preocupação com a situação, inclusive convocando reunião com a ministra Marina Silva, para tratar dessa pauta, efetivamente não houve qualquer iniciativa do governo de apresentar uma proposta coerente com o pleito da categoria.

Os trabalhadores, após rejeitarem a proposta apresentada pelo MGI, criaram um grupo de trabalho específico para elaborar uma contraproposta, onde aceitaram alguns pontos oferecidos pelo governo e flexibilizaram outros pedidos.

No entanto, há pontos cruciais e inegociáveis para a categoria, tais como: oferecer as mesmas condições para quem está na carreira e para os futuros servidores. Para os aposentados e pensionistas, devem ser observados os mesmos critérios de reposicionamento e melhorias oferecidos aos servidores da ativa.

A contraproposta mantém: inclusão da Carreira na Lei 12855/2013, estabelecer tabelas do PECMA como espelho da Carreira de Especialista em Meio Ambiente; a previsão de pagamento de periculosidade e insalubridade para os servidores ambientais na Lei da Carreira; e a relação vencimento básico (VB)/Gratificação de Desempenho de Atividade de Especialista Ambiental (GDAEM) em 70/30 da remuneração total.

Em 2024 os servidores não saíram do índice zero. O governo deixou aposentados e pensionistas sem qualquer recomposição. Os servidores do executivo ainda não conseguiram sequer igualar os benefícios aos valores pagos para os trabalhadores nos demais poderes. 

A advogada do Sindsef-SP, Dra. Marina Piva, esclareceu dúvidas sobre o direito de greve e outros aspectos legais para iniciar o movimento paredista. 

O Sindsef-SP reafirma seu apoio aos servidores, disponibilizando toda sua estrutura em prol dos interesses da categoria.