Um discurso sobre o pão e a vida

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Sim, companheiros de partilha do pão e de luta pela vida humana.

Estamos aqui para exigir a saída de Bolsonaro e todos os que representam esse governo negacionista e, por via de consequência, responsável por centenas de milhares de brasileiras e brasileiros mortos. Sobre isso não temos dúvida! 

Porém, precisamos ter bem claro em nossa mente que essa gente sem compromisso com a vida digna do povo brasileiro, enquanto não é escorraçada do governo, age cotidianamente, dia após dia, para passar suas boiadas.

A boiada da vez é a tal PEC 32, chamada pelos governistas de “reforma administrativa”, mas que, na verdade, é mais um exemplo dessas contrarreformas neoliberais que visam, dentre outros objetivos, propiciar concentração ainda maior de riquezas nas mãos de poucos, tornando pagos todos os serviços até então públicos, além de, também, agravar ainda mais o processo de precarização das relações do trabalho, iniciado com a reforma trabalhista do governo de Temer e continuada com a última das cíclicas reformas da previdência, já no governo Bolsonaro.

Sim, companheiros de partilha e de luta.

Os representantes da besta-fera do capitalismo, especialmente o seu herdeiro mais feroz, o financeiro, agindo neste país faz séculos, e que jamais largarão o osso por espontânea vontade, porém atuantes com maior intensidade desde a queda de Dilma, nunca se sentiram tão à vontade para impor a todas e todos nós, se deixarmos, por óbvio, uma das maiores violências imagináveis às potencialidades humanas: inviabilizar o nosso desenvolvimento.

Sim, companheiros.

O atual governo pretende rasgar a Constituição de 1988, mínima garantia de desenvolvimento do povo brasileiro, e jogar na lata do lixo tudo o que foi malemal democraticamente construído após o mais recente sombrio regime ditatorial militar, visto que, de tão impregnados que estamos em nossa consciência coletiva do perverso espírito da exploração das riquezas alheias, decorrentes do trabalho ou não, praticamente muito pouco em termos de transformação social foi implementado nos 14 anos de governos de frente popular, seja a título de organização administrativa do Estado ou mesmo políticas sociais efetivas.

Como dito, o plano burguês continua igual, embora se apresente atualmente de maneira mais descarada: enriquecer, enriquecer mais e enriquecer muito mais os próprios burgueses, mesmo que à custa da elevação do desemprego, da escalada da fome e do aumento da pobreza da maioria de nossa carente população, reduzindo todas e todos ao processo de miserabilidade e, portanto, a novos escravos da pós-modernidade.

Não podemos negar que os burgueses são eficazes em enganar grande parte da população, iludindo-a com a promessa inalcançável de poder viver algo semelhante às suas práticas, comportamentos e convicções, o que chamam de “vida melhor” ou “bem-estar social”. São tão bons nesse intento, ou seja, em ludibriar as pessoas que conseguiram eliminar de uma boa parte de nossa população a capacidade de reconhecer-se como trabalhador, transformando-a em novos Capitães do Mato da nova indústria, de tecnologia de ponta, informatizada, 4.0 ou coisa que o valha. Gerentões bem recompensados por colaborar com a manutenção de um sistema sócio-econômico que tira de muitos para dar a poucos. Nada além disso! Exceções, antes que critiquem esse ponto de vista, só confirmam a regra.

Sim, companheiros de partilha e de luta.

Precisamos dizer um basta a tudo isso, começando por um “NÃO” em alto e bom som, gritado seria melhor, a essa política de morte, intensificada pela tentativa de  destruição dos serviços públicos. Portanto, digam NÃO à PEC 32, digam NÃO à Reforma Administrativa, digam NÃO ao Carreirismo, digam NÃO à Rachadinha, digam NÃO ao Patrimonialismo, digam

NÃO ao Coronelismo, digam NÃO ao Autoritarismo, digam NÃO ao desmonte do Estado, digam à mentira e ao negacionismo, digam NÃO a Bolsonaro e toda a sua tropa!

Sim, companheiros de partilha do pão e de luta pela vida humana.

Vivemos no caos e que desse caos façamos a luz. Digam SIM à Vida. Digam SIM ao SUS. Digam à Educação para todas e todos. Digam SIM ao trabalho digno. Digam SIM aos serviços públicos. Digam SIM à Solidariedade. Digam SIM à Transformação Social. Digam SIM ao povo brasileiro!

Fora Bolsonaro e Mourão e, com eles, todos os seus apoiadores! Não vou dizer “JÁ”, porque isso era pra ontem!

Alexandre Schnur Gabriel Ferreira

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